segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Filme: Star Wars - Episódio VII - O Despertar da Força


E finalmente chegou o momento tão aguardado. Estreou!!!
Era para eu ter publicado esse texto logo depois da estréia (na 5ª feira), mas como sempre eu não sei escrever pouco e foi praticamente um parto para escrevê-lo. Por outro lado foi bom demorar alguns dias porque assim eu tive a oportunidade de debater o assunto em algumas páginas e pensar melhor a respeito de alguns acontecimentos.


Agora sem suspense, já dou meu veredito: NÃO GOSTEI.
Se você já viu o filme, talvez pense que é apenas por um motivo específico. Minha raiva principal logo depois da sessão foi esse motivo, mas nem de longe é o único motivo pelo qual eu não gostei. Vou destrinchar cada ponto problemático na parte com spoilers.

Falando nisso, esse post será dividido em 2 partes: a primeira sem spoilers e a segunda COM spoilers.

Quando a Disney comprou os direitos muita gente se desesperou com medo que fizessem algo infantil. Eu também fiquei apreensiva mas por outro motivo: por não gostar de continuações de histórias que já tiveram início, meio e fim muito bem resolvidos e bem sucedidos. Até fiz um post sobre como É Importante Saber a Hora de Parar... Meu outro medo é que eu tinha achado, a princípio que seria uma adaptação das histórias do Universo Expandido, as quais desgosto profundamente por considerar (a maioria) continuações mal feitas. A aposta principal é que seria baseado na Trilogia Thrawn.

Aí um belo dia a Disney anunciou que ia desconsiderar totalmente o UE e recomeçar as histórias em outras mídias do zero. Acho que ninguém comemorou mais esta notícia do que eu!!! Porque eu realmente odiava o UE, que além de tudo é extremamente confuso e bastante desorganizado.
Ficaram como canônicos apenas os 6 filmes, as séries animadas em 3D The Clone Wars e Rebels e o que a Disney viesse a lançar de novo depois disso, fosse em filmes, fosse em HQs, livros, games, etc..


Ah, se eu pudesse prever o futuro naquela época. O que eu temia se concretizou: embora não tenham feito uma adaptação de Tharwn, fizeram uma continuação AINDA MAIS porca. E o título do meu antigo texto nunca foi tão atual: é importante saber a hora de parar!!! Star Wars não precisava de acontecimentos após o "... e viveram felizes para sempre" (maneira de falar). Que isso ficasse na curiosidade da mente de cada um, nas fanfics e fanfilms, na imaginação.

Mas, claro, a Disney não compraria a franquia para deixá-la parada. No entanto, o mínimo que se esperava era que se esforçassem não pra tentar superar a Trilogia Clássica (impossível), mas que superassem as histórias do antigo UE.

Pior foi que apesar das minhas próprias perspectivas sombrias, depois que saiu o primeiro trailer eu, confesso, mergulhei de cabeça no hype. O marketing foi absurdamente eficiente e eu nunca vi tanto merchandising no Brasil (o que já era mais que comum nos EUA, mas quase nada vinha pra cá antes da Disney comprar os direitos). Souberam fazer trailers que enchessem os olhos e os corações com expectativas positivas. Me (nos) enganaram direitinho!

Ainda assim, pouco antes da estreia, me lembro de ter comentado em algum lugar que o meu medo era justamente que fosse "mais do mesmo". Eu queria ver uma história nova e cativante. É por isso que eu gosto da Nova Trilogia e muitos fãs não gostam: há uma divergência de expectativas. Muitos não só se conformam como querem mais do mesmo. Eu não! Se for pra ficar com mais do mesmo, me basta re-assistir quando quiser os DVDs da Trilogia Clássica que tenho em casa.
E foi justamente isso o que O Despertar da Força fez: mais do mesmo, só que de uma maneira porca.

Enfim... aqui vai a primeira parte, SEM spoilers:

Li e ouvi nos últimos meses - para a minha total indignação - que este Star Wars seria melhor por ser o primeiro sem George Lucas (meus olhos revirando). Mas imagine Star Wars SEM Yoda, SEM Obi-Wan, SEM Darth Vader... e praticamente sem nenhum Jedi e nenhum Sith. Óbvio que não terá o mesmo impacto!

Ah, você vai me dizer... mas teve Han, Leia, Luke e Chewie. E tem R2 e C-3PO. É... ahn... quase... mais ou menos!

Analisando friamente eu não posso dizer que foi totalmente ruim. Mas também não posso dizer que foi excelente e que adorei O Despertar da Força. Estava sendo um filme mediano pra mim até QUE... certa coisa aconteceu. Aí minha boa vontade com o filme foi pras cucuias.

É irônico o hype criado pelos "fãs véios" (e eu não os chamo assim por questão de idade, mas por nível de rabugice) criaram como se esse filme viesse a ser à prova de erros (especialmente aqueles que eles alegam - cof... cof.. - que os Episódios I, II e III tem) e ele é muito mais cheio de problemas do que os filmes anteriores, inclusive problemas graves de continuidade / furo de roteiro. Na parte com spoilers vou explicar cada item que me incomodou.

Muita gente reclama que os filmes da Marvel tem muitas piadinhas, o que tira o peso das cenas tensas e dramáticas e faz tudo parecer menos perigoso do que realmente seria ou deveria ser. Eu não vejo problema nas piadas nos filmes da Marvel, porque pra mim já faz parte do estilo adotado por eles desde o primeiro filme do Homem-de-Ferro. É algo que faz parte, eu já espero isso em filmes da Marvel. Mas parece que isso agora irá além da Marvel e se tornará uma marca da Disney. Eu achei isso muito ruim em Star Wars. Sim, o filme tem MUITA piadinha, muita gracinha, muito alívio cômico. E, ao mesmo tempo, colocaram um inimigo que chega a ser ridiculamente apelativo (explico na parte com spoilers).

Aí vão me dizer: "mas o Episódio I tem o Jar Jar". Ok... mas a ideia não era evitar esse tipo de problema e fazer melhor? Sem contar que são tipos de humor diferentes. Jar Jar foi criado para agradar crianças e para os adultos não é engraçado; a maior parte do tempo é só um personagem irritante e inconveniente (tal como o próprio C-3PO). Já em The Force Awakens é um tipo de cena de alívio mais parecido com dos filmes da Marvel. Uma ou outra não teria problema... Mas tem cenas assim a cada vinte minutos, quebrando o clima de tensão e seriedade, fazendo com que não se leve muito a sério a ameaça do inimigo. Não é que eu não tenha rido nestas cenas. Só que elas estão em excesso e boa parte nos momentos errados. E a maior parte desses excessos de alívio cômico são do Finn (Boyegae um pouco do Poe no começo também.

A Trilogia Clássica nunca sofreu com esse tipo de cena. Tinha um humor aqui ou ali, principalmente com o sarcasmo do Han ou com os droids, porém sem atrapalhar o andamento da história. A TC tinha um humor refinado, enquanto que Ep VII apela pro uso de gags o tempo todo!!!

Outra coisa que eu não gostei foi que algumas coisas me pareceram que, digamos assim, não combinavam com o universo de Star Wars. Claro que em uma galáxia imensa há todos tipos de seres. Ainda assim Star Wars sempre teve um certo padrão que tornavam essa galáxia o que ela é. Coisas que combinavam entre si. Neste filme vi muitos elementos que senti que foram tirados de (ou inspirados em) outras franquias.

Em suma, me pareceu (e a outras pessoas também, pelos relatos que li) que o filme não pegou o "espírito" da saga. É um filme sem alma. Se tirar os sabres de luz, torna-se uma aventura espacial genérica e puramente comercial, sem nada de especial. Faltou aquela faísca, aquele fascínio que conquistou uma legião tão grande de fãs ao redor do mundo por décadas, por diversas gerações. Esse filme não tem esse "quê" especial capaz de encantar (o que é esquisito, já que a Disney é uma especialista em criar essa magia nos seus filmes, animados ou não). Ficou a impressão de ser apenas um caça-níquel.

Vi muita gente sair da sala reclamando - com razão - do Adam Driver com Kylo. Ele é um personagem fraco e sem graça. Não cativa, tem atuação mediana, não passa a aura que um vilão do Lado Negro da Força deveria passar e ainda tem o problema que deveria se parecer fisicamente com certos personagens e não se parece nem um pouco. Isso, se você viu os extras dos DVDs da Nova Trilogia, foi uma preocupação da equipe de escalação de elenco. Eles procuraram atores bons sim, mas que também combinassem visualmente. Em The Force Awakens vê-se claramente que não houve essa preocupação. 

Abaixo coloco os prints do "Documentário na Rede" nº 8, chamado "Três Mil Anakins: À Procura do Escolhido" dos extras do DVD do Ep I, onde a responsável pela seleção de elenco, Robin Gurland fala sobre essa preocupação na escalação dos atores da Nova Trilogia (prequel). E em TODOS os extras dos DVDs sente-se esse cuidado e dedicação com cada detalhe (figurino, cenários, naves, equipamentos, tudo...) e eu não senti esse zelo em Despertar da Força.



Falando, ainda sem spoilers, das partes positivas: o novo trio de heróis ReyFinn e Poe estão simplesmente PERFEITOS. Há uma química e uma sintonia excelente entre eles. Eles funcionam muito bem juntos. Boyega precisa diminuir a quantidade de "engraçadice", mas tirando isso ele funcionou muito bem com a Daisy Ridley e o Oscar Isaac. A atuação dos três é, sem sombra de dúvidas, impecável e muito intensa.

Aliás, no quesito atuação pode-se dizer que este é o melhor trio que temos na saga. Eu amo a Leia e amo a Amidala, mas a atuação delas era mais contida. A Daisy / Rey conseguiu ser mais ativa, passar mais emoção, mergulhou de cabeça dentro deste universo. E é inegável que aqui a direção pesou muito, porque é praticamente um consenso que o George Lucas não é bom em lidar com atores e extrair o melhor deles. Já o Abrams tem esse dom, podemos reparar em todas a suas produções.
O droid BB-8 também é um personagem encantador, pelo qual todos se apaixonam imediatamente.

Cenas de ação, especialmente as de vôo e ataques, foram muito bem executadas.

A cena de abertura do filme foi fantástica. Não vou comentá-la detalhadamente para não estragar a surpresa de quem ainda não viu, mas é uma homenagem incrível aos filmes antigos.

Outro ponto positivo que foi inevitável notar porque, afinal, sou mulher e pra mim isso faz diferença SIM: há uma grande quantidade de mulheres no filme. Como tem mulher nesse filme!!! Calma, bando de faps, obviamente não é disso que estou falando... Além das que já sabíamos que teria (Rey, Phasma, Leia, Maz), há uma quantidade enorme de coadjuvantes e figurantes. Isso é claramente influência da Kathleen Kennedy como produtora (e posso visualizar certos 'fãs' babacas se roendo de ódio a cada vez que avistava um rosto feminino em cena). As mulheres estão perfeitamente integradas ao ambiente em quantidade quase igual à de homens e em todas as funções, de uma forma que não se via nos outros filmes (embora seja justo dizer que a NT já contava com mais mulheres do que a TC, mas a quantidade em Ep VII é muito maior e a presença mais marcante). Há pilotos, oficiais, médicas, espiãs, soldados, vilãs e heroínas.


Inclusive, uma das jovens que aparece na base rebelde usando o clássico penteado da Leia em Uma Nova Esperança é, ninguém mais ninguém menos, que a filha de Carrie Fisher, Billie Lourd como a tenente Connix.

Agora vem a parte com Spoiler, porque não dá pra explicar o que tanto me incomodou sem citar os acontecimentos (deste e dos outros filmes e até das séries animadas e UE) para explicar os defeitos e erros do filme.

Então, a partir daqui, cuidado, leia por sua conta e risco!!!

Reforçando que não haverá spoiler APENAS do Ep VII - O Despertar da Força, mas também dos filmes da Nova Trilogia (I, II e III), das séries animadas (The Clone Wars e Rebels) e até mesmo de história do Universo Expandido.

ATENÇÃO! SPOILERS!!!

Quero começar comentando a abertura do filme que não pude comentar na primeira parte. É claramente uma homenagem à abertura de Ep IV - Uma Nova Esperança que encantou tanta gente em 1977 no cinema, com aquela nave gigantesca passando, passando, passando e não acabava nunca. Ao mesmo tempo, é bem diferente. Achei genial a forma como fizeram, com a nave nas sombras e cobrindo a visão que temos do planeta aos poucos e também dando essa sensação de que o comprimento da nave não termina nunca.

Durante o filme me veio a mente uma coisa que eu costumo dizer sobre Superman Returns e um amigo meu teve a mesma sensação. Returns é, ao mesmo tempo, um remake, uma continuação e uma homenagem aos filmes antigos. Em O Despertar da Força tentaram fazer o mesmo. A diferença é que PRA MIM Returns é um filme lindo e funcionou muito bem desta maneira (muita gente o odeia), já Despertar da Força não funcionou. É cheio de coisas forçadas, exageradas, algumas sem sentido.

Como disse na primeira parte, o objetivo deveria ter sido superar as história do UE, especialmente a Trilogia Thrawn e foi isso que a Disney deu a entender que faria quando aboliu toda a linha temporal do UE e o jogou no selo Legends. Só que o filme tenta superar a Trilogia Clássica, o que é impossível e justo por isso o tiro sai pela culatra. No UE o Imperador Palpatine não morreu, apenas transferiu sua mente para um corpo clonado. Isso pra mim era ridiculamente absurdo porque cortava totalmente a euforia do final do Ep VI, a alegria da Aliança Rebelde ter finalmente vencido a guerra e os Jedi terem eliminado o último Sith. Enfim, desconstruía o desfecho de uma história que teve início, meio e fim bem definidos.
Sabe-se que o Império teve como uma das bases o Terceiro Reich, inclusive como inspiração para os uniformes. E sabe-se que se os planos para matar Hitler tivessem sido bem sucedidos isso não bastaria para acabar com os planos e estrutura nazistas. Por mais enfraquecidos que ficassem, havia generais na "fila" de sucessão, dispostos e preparados para tomar o lugar do chefe e dar continuidade, ainda que do seu próprio jeito. Foi essa a ideia que O Despertar da Força utilizou.


A tal da Primeira Ordem nada mais é que uma continuidade dos planos de manter o controle sobre a galáxia como o Império tinha feito antes. Tudo bem, se não fosse estranho o fato de 30 ANOS depois a situação na galáxia ainda não estivesse resolvida. Quero dizer, 30 anos é muito tempo. A Guerra dos Clones, por exemplo, durou meros 3 anos. E o mais bizarro é que EXISTE uma Nova República, mas que aparentemente é formada por apenas 4 ou 5 planetas e mesmo ocupando a Capital Coruscant, tendo o principal exército a seu dispor e tendo senado reestruturado como era antigamente existe apenas como enfeite, figuração. Já que a participação ativa desta Nova República no filme é nula. Os personagens da tal Resistência (que nada mais é que uma continuidade da Aliança Rebelde com outro nome, assim como a tal Primeira Ordem é para o Império) apenas a citam algumas poucas vezes antes de a Primeira Ordem DESTRUÍ-LA (sim, o principal planeta da galáxia foi destruído!!! Junto com alguns outros...).  E aí vem outra incoerência da história: como que chega uma organização inimiga e constrói uma arma ocupando um planeta inteiro e NINGUÉM percebeu, ninguém viu, ninguém desconfiou, ninguém espionou e nem investigou até estar em operação???

Aqui surge a primeira solução preguiçosa do roteiro, à lá "deus ex machina": na tentativa desesperada de superar a Trilogia Clássica criaram uma espécie de nova Estrela da Morte, 10x maior e capaz de explodir vários planetas de uma vez. A Estrela da Morte, em si, já era uma arma absurda desde sua primeira aparição. A ideia de existir uma única arma tão potente ao ponto de destruir um planeta! Isso já é o MÁXIMO da maldade. Mas eles acharam que precisavam de algo mais ameaçador. E aí ao invés de usar a criatividade para encontrar algo mais sombrio e sinistro, ou tanto quanto... simplesmente criaram uma arma maior e pronto! Alguém deveria ter lembrado ao roteirista que "tamanho não é documento".
Como se não bastasse, quando todos aqueles planetas são explodidos de uma vez a reação das pessoas é: "ok, agora ficamos sem exército". E SÓ! Não há comoção, não há expressões de estarem aterrorizados como deveriam, não há um pesar genuíno e nem mesmo uma expressão de forte preocupação. Sim, eles montam uma missão para impedir que ela volte a funcionar, mas a reunião é bastante burocrática. Não há demonstração de emoção. Aqui, na nossa simplória Terra, quando alguém explode um prédio ou entra atirando numa boate, a comoção no mundo todo é gigantesca, é estarrecedora. Agora numa galáxia onde se explodem vários PLANETAS a expressão dos sobreviventes é tipo: "Ah tá. Ficamos sem exército, vamos tentar evitar que nos explodam também". Não se vê uma única e misera lágrima!!!

Na Nova Trilogia, George Lucas não foi tão simplista. Havia zonas cinzentas, havia corrupção e havia várias organizações diferentes interagindo entre si, às vezes aliadas, ás vezes rivais. Havia um Senado ativo, havia a Ordem Jedi e os Sith, havia a Federação do Comércio, havia os Separatistas, havia a Velha República, havia a soberania de cada planeta e de cada povo. Havia trama quase palaciana e havia manipulação de forças e vontades. Havia conflitos internos nos personagens, havia sentimentos e até mesmo choro (principalmente da Padmé). A cena do funeral da Padmé mostra toda Coruscant e parte dos nobres vindos de Naboo em luto, mesmo que brevemente. Era menos polarizado, simplificado e maniqueísta. E, sem sombra de dúvidas, era mais inteligente e não subestimava o público (mas, dadas às reclamações sobre 'excesso de política', talvez devesse ter subestimado).

Continuando a falar da Primeira Ordem, muito se esperava da Capitã Phasma. Ela foi vendida como uma vilã incrível, misteriosa e poderosa. E ela não faz NADA o filme inteiro, exceto meia dúzia de frases em dois diálogos. A atriz, Gwendoline Christie não tira o capacete em nenhum momento, então nunca vemos sua face. O que até faz sentido, já que Stormtroppers não costumam tirar o capacete mesmo. Só que ela ficou tipo o Bobba Fett na Trilogia Clássica: mal fala e só está ali pra marcar presença física (mais da armadura cromada do que da personagem). Será que precisava de uma atriz tão conhecida pra isso?
Porém, diz Kathleen Kennedy (em entrevista recente) que ela se tornará uma personagem importante a partir do Ep VIII. Veremos...

Agora, os dois itens principais da minha lista de desagrado, somado à segunda solução preguiçosa à lá "deus ex machina".

No Universo Expandido Leia e Han se casam e tem três filhos. Um par de gêmeos e um mais novo. Os gêmeos são Jaina e Jacen e o caçula é Anakin Solo, em homenagem ao avô. Leia e todos os filhos são treinados como Jedi. Luke se casa com Mara Jade e tem um filho chamado Ben Skywalker, em homenagem a Obi-Wan Kenobi, que também foi treinado por Luke na nova Academia Jedi. Por causa das mirabolâncias das histórias eu não gostava do UE (já disse isso antes). Entretanto, havia um ponto muito forte: não importava o que houvesse, eles continuavam unidos enfrentando tudo e todos, como deveria ser. Uma família e uma equipe que tem eternamente nas costas a responsabilidade de proteger a galáxia. Nessas histórias um dos filhos de Leia também passa para o Lado Negro da Força, tornando-se Darth Caedus.

Eu fui a primeira a me entusiasmar e comemorar quando a Disney descartou o velho UE para ter liberdade criativa nos novos roteiros, não só dos filmes, mas de todos os seus lançamentos para a saga (como a série animada Rebels). Mas eu fiquei contente porque achei que eles fariam algo MELHOR. Eu realmente botei fé nisso. Foi quando eu comecei a deixar meu ceticismo em relação à ideia de novas filmes de lado.


Aí eles nos apresentam o seguinte contexto: quando o filho de Han e Leia, Ben Solo, se volta para o Lado Negro da Força e destrói a Academia Jedi (ou é isso que o filme dá a entender, já que nada é explicado direito) Luke abandonada tudo, foge, se exila e Han simplesmente abandona Leia sozinha com a própria dor. Han e Luke definitivamente merecem o troféu de pai e de Mestre do ano! #sqn

Então quer dizer que no primeiro problema grave a solução é fugir?

Luke demonstrou que não aprendeu nada com Obi-Wan e Yoda e Han se mostrou um péssimo pai e um péssimo marido.

Terem separado a família Solo-Skywalker desta forma foi um soco no estômago.

O problema não foi tanto Han morrer, mas a forma como ele morreu e sem ter vivido ao lado de Leia, como deveria ser. Isso foi o que causou mais indignação!!!

Como vi alguém comentar no facebook, é equivalente a ter um filho drogado e ao invés do pai ficar e ajudar a mãe a enfrentar o problema e trazerem juntos o filho para uma vida saudável, o pai "não aguenta a pressão", larga a bomba na mão da mãe e desaparece. Han, no final da Trilogia Clássica, havia se tornado um homem nobre e não mais egoísta e, definitivamente, covarde ele não era. Na novelização da TC há até um trecho sobre essa mudança interna do Han:

"Além disso, ele sofrera uma mudança desde que emergiu do congelamento em carbonita. Não era mais um solitário apenas atrás de dinheiro. Tinha perdido a contundência egoísta e, de alguma forma, sutilmente, tornou-se parte do todo. Na verdade, estava fazendo algo para outras pessoas e isso deixou Leia muito emocionada. Madine chamou-o de general; aquilo significava que Han tinha se tornado oficialmente um membro do exército. Uma parte do todo." (pág 431 da Edição Especial, editora DarkSide)
Sobre o Luke há a desculpa de que acredita-se que ele foi atrás do primeiro Templo Jedi. O motivo (tirando o fato do sobrinho ter pirado) não é explicado. Por exemplo, se ele estava em busca de algum artefato específico no Templo ou algo do gênero. Só que no finalzinho me pareceu que ele ENCONTROU o que procurava e resolveu ficar lá meditando sem fazer nada, esperando o primeiro novo padawan aparecer, e deixou pra lá a galáxia mergulhada no caos. Claro que isso, muito provavelmente, será explicado no Ep VIII. O que eu não boto fé é que venha a ser uma explicação aceitável.

E o fato do Luke não ter participado de absolutamente NADA no filme foi bastante incômodo. Divulgaram fotos dele "em gravação" durante a produção, depois ele não apareceu nem nos posters e nem nos trailers e disseram que havia um motivo muito importante para ele não estar no material de divulgação. Acreditava-se que seria um motivo surpreendente, emocionante e muito legal. E no fim não era nada demais! É simplesmente porque ele não faz parte do filme mesmo. O que também foi frustrante do ponto de vista da reunião do trio original, porque os três estão no filme, mas nunca juntos. Han e Leia mal se vêem durante todo o filme e Luke não viu e nunca mais verá Han. Eles foram tão somente participações especiais.

E isso inevitavelmente puxa o assunto de volta para o, suposto, "vilão": Ben Solo / Kylo Ren.
Pior impossível.




Desde a divulgação da escalação de elenco eu nunca acreditei que o Adam Driver estaria à altura, porque ele não tem o perfil pra esse tipo de papel. Mas ele conseguiu ser pior do que eu esperava. Eu já esperava que ele fosse fraco, que não me convenceria como uma ameaça real; não esperava que ele também fosse um moleque descontrolado.

Em Kylo Ren vê-se mais uma vez o desejo de superar a Trilogia Clássica falhando miseravelmente (tanto que o desejo do próprio personagem é superar o avô). Eu realmente não compreendo as pessoas, porque os mesmos que criticavam Anakin por ser "chatinho e mimado" no Ep II são os que acharam Kylo Ren um vilão maravilhoso. Não consigo entender isso!!!
Kylo Ren além de fraco se comporta como uma criança mimada MESMO. Se qualquer coisa, por mínima que seja, o contrariar... o que ele faz? Liga o sabre e destrói tudo e fica gritando e fazendo birra.
É preciso entender - especialmente pra quem viu o filme agora como primeiro contato com a saga - que toda a filosofia em torno dos Jedi e dos Sith é baseada em culturas orientais, em coisas como Yin Yang, meditação, auto-conhecimento, artes marciais, concentração, auto-controle, estudo e dedicação. Portanto, é impossível usar a Força sem controle e disciplina. Mesmo que sejam usuários do Lado Negro da Força. Para usar a Força é preciso se conectar com o que está a sua volta, se concentrar.

Por mais que Anakin / Vader tivesse um gigantesco conflito interno (em ambas as trilogias), ele passou anos e anos estudando tanto como Jedi quanto como Sith. Ele sabia se controlar, nunca deu um chilique na frente de subordinados. Sim, ele matava sem dó quando se sentia frustrado, mesmo seus próprios oficiais. Mas ele NUNCA saia usando um sabre pra destruir tudo e gritando, chorando e batendo o pé feito um menino de 5 anos no shopping. Vader tinha DIGNIDADE, tinha postura. Ele sabia espalhar uma aura de poder e terror apenas pela sua presença.

E quando ainda era Anakin, ele era consciente dos seus erros e se martirizava por ser ambicioso e por querer mais do que um Jedi deveria ter e por desejar vingança. No fundo ele sempre soube que aquilo era errado. Era o seu conflito interno aliado a um esforço sobre-humano para se controlar que o transformaram em, simplesmente, aquele que é considerado o maior vilão do cinema. Há várias cenas nos Ep II e III em que ele diz coisas como "eu sei que devo ser melhor que isso".

(clique para ampliar)


Kylo Ren é uma criança perdida e descontrolada e que não entendeu nada do que aconteceu com o avô.
Vi quem defende o personagem dizendo que ele ainda não foi totalmente treinado pelo tal Snoke e que quando ele terminar o treinamento não vai mais dar pití! Primeiro, ele já tinha sido treinado como Jedi pelo Luke desde criança e depois ele foi treinado até certo ponto pelo tal Snoke. A julgar pela idade dele, estaria em um ponto semelhante ao de Anakin no Ep III, quando se tornou Vader.  Óbvio que eles não passaram pelas mesmas experiências, mas com vinte e poucos anos, um Jedi ou um Sith treinado desde a infância já saberia o básico. Portanto, essa desculpa não cola. Auto-controle, concentração é a primeira coisa que um Jedi deve aprender. Na Trilogia Clássica vimos Obi-Wan e Yoda ensinando Luke a se concentrar, a ser paciente e a esvaziar a mente de distrações.

O uso da máscara sem precisar dela, só para imitar Vader, me pareceu outra tentativa extremamente desnecessária de imitar o avô. E voltando à questão da aparência: ele não me convenceu nem por um segundo como filho de Han e Leia porque ele não tem NENHUMA característica, nem na aparência e nem na personalidade, que lembre os dois. E nem mesmo nada que lembre os avós.


O Oscar Isaac, pra mim, se encaixaria muito melhor nesse papel, embora ele tenha feito um trabalho impecável como herói e piloto.
Domhnall Gleeson, que acabou sendo o General Hux, também poderia ter sido uma boa opção.



Rey... ah, ela tem muitas das características típicas dos Skywalker e, por isso mesmo, especula-se que ela também seja uma. Talvez até filha de Luke. Se for o caso, vão precisar de uma desculpa muito bem pensada para abandonar a menina em Jakku à própria sorte. Quando Luke foi levado para Tatooine ele tinha os tios postiços para cuidar dele e Obi-Wan para vigiá-lo. Já Rey estava completamente só.

Ao mesmo tempo que ela é a melhor personagem do filme também é a mais problemática, por causa da segunda solução preguiçosa "deus ex machina" do filme.

Fiquei muito feliz de estar certa a respeito da ideia de que ela seria a Jedi apesar do Finn aparecer usando um sabre de luz em toda a divulgação. Já passou da hora de ter umA Jedi protagonista.

O problema todo é que ela aprende a usar a Força sozinha e em UM DIA. Quero dizer, assim que ela descobre que tem esse poder já sai fazendo coisas que somente Jedi treinados eram capazes de fazer. Coisas que se leva muito tempo, estudo, treinamento e meditação para aprender. Como o truque mental (que é algo muito difícil de fazer) e usar um sabre-de-luz em uma luta contra um cara que treinou A VIDA TODA. Mesmo que ele estivesse ferido, jamais perderia pra ela. Aliás, existe um forte motivo pelo qual não-treinados não podem usar um sabre-de-luz: é a arma mais perigosa que existe. É muito fácil se cortar, se queimar, perder um membro, acabar furando o próprio olho ou coisa parecida. Uma pessoa que nunca treinou com um mestre JAMAIS venceria uma luta e muito menos sairia sem um arranhão. E nem preciso dizer que um cara que nem sequer é sensitivo à Força (Finn) jamais conseguiria lutar com um sabre.

Há quem diga: "ah, mas o Han usou um sabre no Ep V".

Ele só usou pra abrir a barriga do taum-taum para abrigar o Luke da neve. Ele nunca tentou usá-lo como arma, nunca tentou lutar com um sabre, muito menos contra um cara muito mais experiente do que ele!

No episódio "Sabre de Luz Perido" de The Clone Wars, Ahsoka tem seu sabre roubado. Quando ela encontra o ladrão ele diz "Me livrei dele. Quase me matei tentando usar aquela coisa". Depois Ahsoka encontra a Caçadora de Recompensa que comprou o sabre e ela mal consegue ligá-lo. Quando tenta usá-lo em duelo contra o Mestre Jedi Sinube a luta não dura nem meio segundo e, óbvio, ela perde.

Em RebelsEzra nunca usa o sabre sem a supervisão do seu mestre Kanan e no começo do treinamento foi preciso ajustar o seu comprimento para que Ezra conseguisse usá-lo sem se machucar.


No livro O Caminho Jedi, no capítulo 'O Terceiro Pilar: Autodisciplina' fala de como e porque os yougnlings (Jedi iniciados, crianças pequenas) usam apenas sabres de treino:

"Muitos de vocês Iniciados estão ávidos demais para entrar nesse campo de conhecimento, pois é através dele que se consegue manejar um sabre de luz. Mas há um motivo para ele ser chamado de terceiro pilar. Até que vocês tenham demonstrado sua conexão com a Força e sua boa vontade em estudar e aprender, nunca serão admitidos na minha aula.

Para aqueles que passaram por esse teste, vocês farão bem em lembrar-se de que esse pilar se chama Autodisciplina, e não Combate. É impossível empunhar um sabre de luz sem que primeiro se tenha dominado as ações do seu corpo físico. É por isso que damos aos Iniciados sabres de treino. Quando vocês construírem um sabre de verdade enquanto Padawans, deverão ter habilidade suficiente para não decepar o próprio braço.

Meditação é a chave para alinhar seu corpo com o espírito e a determinação da Força." (pág 36) 
"A lâmina de energia de um sabre de treinamento não cortará; no entanto, ainda assim ela é uma arma e deve ser manejada como tal. Um golpe de sabre de treinamento impactará terminações nervosas, queimará a pele e chamuscará pelos. Sem dúvida, vocês se machucarão nas suas sessões práticas, mas um braço machucado é melhor que um braço faltando." (pág 39)
Então, embora a Disney reconheça os Episódios I, II e III e as séries animadas como canônicos (e nem poderia ser diferente), em The Force Awakens tudo o que foi estabelecido a respeito dos Jedi e sobre a Força nesses filmes foi desconsiderado. Mesmo na Trilogia Clássica vemos Luke passando 2 filmes inteiro (Ep IV e V) para compreender a Força com dois mestres e conseguir COMEÇAR a usá-la. O "mind trick", por exemplo, ele só tenta usar no início do Ep VI contra o mordomo de Jabba, the Hutt. Tudo o que aprendemos nos 6 filmes originais, sob comando de George Lucas, e mais todo o material extra (livros, hqs, etc..) é que se tornar um Jedi não é nada simples e mesmo um sensitivo que não chegue a se tornar um Jedi leva um bom tempo para compreender a Força e COMEÇAR a usá-la é sempre algo lento, gradual e exige concentração e comprometimento.



O Despertar da Força deu a entender que qualquer pessoa pode manejar um sabre de luz e que qualquer sensitivo se torna um Jedi instantaneamente após descobrir que tem a Força. Deu a entender que usar "mind trick" é algo simples, de nível iniciante e que um sabre de luz - a arma mais precisa e letal que existe - é de fácil manuseio.

Alguns usam como justificativa que Rey já era experiente com arma branca por causa daquele bastão que ela tinha em Jakku. É só mais uma desculpa para algo que não faz sentido. Algo contraditório dentro do próprio universo de Star Wars. Um bastão não arranca seu braço fora se encostar sem querer. Um bastão não te queima e nem cauteriza sua pele. A habilidade dela com o bastão certamente seria uma vantagem que facilitaria o início do seu treinamento, mas não justifica o uso do sabre no mesmo dia que descobriu a respeito da Força. No Ep VI Luke mal consegue vencer da sonda de treino (a bolinha) nas primeiras vezes que tenta usar aquele mesmo famoso sabre.

Pelo menos o Finn saiu bastante ferido, entre a vida e a morte. 

Por isso eu digo que tudo que a Rey fez da metade em diante do filme foi uma solução "deus ex machina"
"A expressão é usada hoje para indicar um desenvolvimento de uma história que não leva em consideração sua lógica interna e é tão inverossímil que permite ao autor terminá-la com uma situação improvável, porém mais palatável. Em termos modernos, também pode descrever uma pessoa ou uma coisa que de repente aparece e resolve um problema aparentemente insolúvel. 
A noção de Deus ex machina também pode ser aplicada a uma revelação dentro de uma história vivida por um personagem que envolva realizações pessoais complicadas, às vezes perigosas ou mundanas e, porventura, sequência de eventos aparentemente não-relacionados que conduzem ao ponto da história em que tudo é conectado por algum conceito profundo. Essa intervenção inesperada e oportuna visa dar sentido à história no lugar de um evento mais consistente com a trama." (Wikipedia)
Os personagens da Trilogia Clássica, Han, Chewie, Leia e Luke não passaram de participações especiais. O Han ainda teve uma presença marcante (embora com uma atuação mais fraca do Harrisson), mas Leia e Luke mal aparecem. E fiquei bastante chateada que R2D2 e C-3PO tenham sido colocados quase totalmente de lados para que BB-8 pudesse brilhar. 

Alguns elementos do filme me pareceram exteriores à Star Wars. Coisas que parecem ter sido retiradas ou inspiradas em outras sagas. Nesse sentido o que mais me incomodou foi a parte do Han com aqueles piratas - ou sei lá o que eram aqueles caras - pra quem ele devia dinheiro. Ficou parecendo uma mistura de Guardiões da Galáxia com Alien. Ah, e a propósito o CGI do monstrengo ficou bastante artificial.

Esse tipo de coisa transformou o Ep VII em um filme estritamente comercial, uma aventura espacial genérica, se você retirar o uso de sabres de luz.
O Despertar da Força é um filme sem alma, sem a essência de Star Wars, sem aquele 'algo mais' que captou e encantou tantos fãs nas últimas 4 décadas. Tanto acusaram George Lucas de ser um mercenário, mas ele adorava o que fazia. Ele fazia com paixão e fascínio. N'O Despertar da Força sentimos o fascínio na atuação do novo trio principal (Poe, Rey e Finn), mas não no desenvolvimento da própria história.

Alguns dizem que parece uma soma de Uma Nova Esperança com O Império Contra-Ataca porque tem muitos elementos usados nesses dois filmes. Mas além disso eu também identifiquei elementos de O Retorno de Jedi. De modo que me pareceu um fan service de tentar compilar toda a nostalgia dos "fãs véios" no mesmo filme para só depois conseguir seguir em frente com novas histórias. Faltou coragem para desafiar esses véios chatos e já começar com algo inovador. 

A morte do Han foi, sem sombra de dúvidas, o que mais me revoltou durante a exibição e logo depois de sair da sessão. Porém, antes disso acontecer várias coisas já tinham me incomodado e eu estava tentando relevar.

A morte dele foi especialmente ruim também pelo modo como foi feita. Ficou parecendo uma coisa à lá Game of Thrones (e eu odeiiooo GoT).

Todos os 6 filmes anteriores tem uma morte importante. TODOS. Em Episódio I foi Qui-Gon, em Episódio II foi Shmi, em Episódio III foi Padmé, em Episódio IV foi Obi-Wan, no Episódio V foi Yoda e o Episódio VI foi Vader. A grande diferença é que todas foram tratadas com sensibilidade e com um senso de propósito. Nenhuma dessas mortes foi aleatória. A morte do Han foi só pra mostrar que o vilão é vilão e TENTAR nos convencer do quanto ele é "phodástico" (e não é). Todas as mortes anteriores causaram um grande impacto e uma grande mudança nos personagens principais de cada trilogia: Luke e Anakin e, em alguns casos, teve influencia em outros acontecimentos da galáxia (mortes de Padmé e Vader). A morte do Han foi brutal e fútil, feita apenas para causar choque. Cumpriu seu papel, causou um choque imenso. Mas foi leviana. Foi só pra impactar o público e dar um motivo para retirar o personagem da história. Nem sequer luto houve. Todos os outros que eu citei tiveram cena de funeral e luto!!!

Acho que isso mais que tudo me incomodou na morte do Han: houve um certo nível de desrespeito com o personagem mais amado de toda a saga!

2 comentários:

Sytis disse...

com Jacen, Jaina, Anakin, Ben Skywalker i Mara Skywalker q ia ter graça pq justamente é do livro e do HQ n uma história inventada por JJ i sim criada pelo propio criador Lucas -.- eu heim... sem falar q é muiiiiiiiiiiiiiito mais dahora q esse filme nada haver.

Tina disse...

NA VERDADE, o antigo UE NÃO foi escrito pelo George Lucas, nem os livros e nem as HQs.
O que ele fez foi AUTORIZAR a publicação dessas histórias, escritas por outros autores. A tão aclamada Trilogia Thrawn, por exemplo, foi escrita por Timothy Zahn.

O próprio George Lucas tinha outras ideias - suas próprias ideias - para uma continuação em filme. Quando a Disney começou o projeto do Ep VII ele apresentou suas ideias, mas a Disney (agora a detentora dos direitos) não gostou das ideias dele e ele decidiu se afastar do projeto (ele participaria como consultor a princípio) para evitar desentendimentos e mal estar.

Ou seja, a continuação na VERSÃO DO LUCAS MESMO, do VERDADEIRO AUTOR, provavelmente nós nunca saberemos como é... mas não é nenhuma das duas que vimos até hoje.

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