segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Operação Valkiria

Os dias 14 de Fevereiro e 12 de Junho, definitivamente, não são dias de sorte pra mim.

Aprendi a duras penas que nas próximas repetições destas datas devo dormir o dia todo, pois todos os anos TU-DO dá errado pra mim. Não falo apenas coisas pequenas, como meter o joelho na quina da mesa, falo de coisas sérias também.

Mas no último dia 14 de Fevereiro, no qual recebi uma péssima notícia, uma visita inconveniente e um banho de chuva indesejável (entre outros pormenores), pelo menos uma coisa deu certo: CINEMA!

Fui pela 2ª vez ao CineSystem no Vale Sul e dessa vez sentei na fileira do meio. FANTÁSTICO!!! Com certeza as melhores fileiras são "G" e "H".

A sessão começou muito bem com a apresentação do sistema de som THX (a qual eu perdi quando fui ver "Marley & Eu") que me deixou quase sem ar.


Depois, vieram os trailers... Exterminador do Futuro, X-Men Origins: Wolverine e Watchmen.
Bom, confesso que do primeiro não gosto nem nunca gostei. Não faz meu tipo. Mas não deixei de achar o trailer interessante.
X-Men Origins: Wolverine - amei o trailer. Me pareceu muito fiel à história do Wolverine que conheço, e olha que só acompanhei "X-Men Evolution" e os filmes, pois não sou muito chegada a quadrinhos e não gosto dos desenhos originais. Foi ótimo ver as cenas que eu conhecia do Evolution retratadas até com mais detalhes em live action.
Watchmen - tenho ouvido falar há um certo tempo desta adaptação, mas não me interessou nem um pouco até ver o trailer. Nunca tinha ouvido falar nem da história nem dos personagens (como disse, não curto HQ) e, sinceramente, o pouco que vi desde que os boatos começaram não me agradava. Mas depois de ver o trailer passei a pensar seriamente em ver o filme. É, nem sempre a primeira impressão é a que fica!
Até que, finalmente, chegamos ao assunto deste post: Operação Valquíria, na versão Hollywoodiana de Tom Cruise.
Tive vontade de assistir assim que soube da produção do filme.


Sou completamente fascinada pela História da 2ª Guerra Mundial e poder vê-la contada do ponto de vista dos alemães que não concordavam com as atrocidades de Hitler é mais fascinante ainda!!!
Muito tem se falado desse filme, até com um pouco de polêmica, mas pouco sabem (ou se sabem não comentam) que esta não foi a primeira vez que a história de Claus Von Stauffenberg foi mostrada cinematograficamente. Abaixo está o cartaz da versão alemã do mesmo filme, de 2004:


Este filme passou ontem no The History Channel, que repitiu hoje e provavelmente será repetido mais vezes durante a semana.
Achei este filme começando por acaso, o que foi uma grande sorte!
E, além dessas duas versões recentes, há mais duas: do diretor Fritz Lang em 1941, o "O Homem que Quis Matar Hitler" e em 1990, "O Plano para Matar Hitler".
Ambos os filmes recentes são ótimos, ambos tem pontos positivos e negativos e ambos seguem a versão oficial dos fatos.

A versão Hollywoodiana começa em um ponto crucial e de arrepiar a espinha de qualquer pessoa consciente e conhecedora de um pouco de história que viva neste planeta: quando Hitler faz com que a Werchmarch jure lealdade incondicional ao Füher.
E, logo depois, vemos o momento em que Stauffenberg quase morre e que o faz tomar a decisão de salvar a Alemanha.
A versão Alemã começa um pouco antes, com Stauffenberg já desiludido com o nazismo e bem longe da África.

Ambos acabam no mesmo ponto: execução!
A versão de Hollywood é arrebatadora e têm um poder de propagação pelo mundo muito maior. É uma poderosa ferramente para mostrar a todos que aqueles alemães "não eram iguais a ele"!
A versão alemã me pareceu mais humana, talvez por não ter um grande galã no papel principal e nem ter diversos nomes conhecidos no elenco. Nos acostumamos tanto há certos rostos e vozes se repetindo continuamente em grandes produções que quando vejo um filme com atores desconhecidos - pelo menos para mim - me parece mais real. Me dá uma melhor impressão de que aquelas pessoas existiram, eram de carne e osso.
Outro motivo para eu ter esta impressão é que a versão hollywoodiana é mais romantizada, em especial no que se trata das relações pessoais de Stauffenberg. Por exemplo, a despedida dele e sua mulher não é marcada, na versão alemã, por um beijo apaixonado... mas por uma discussão que não se resolve até o fim do filme.
E ainda há mais um detalhe: a língua. É mais convincente um bando de generais alemães falando em alemão do que em inglês.
Por outro lado, a versão hollywoodiana é bem mais detalhada.
A versão alemã não mostra como Claus von Stauffenberg entrou para a conspiração, nem uma das tentativas anteriores e mal-sucedida, nem a confusão gerada pelas diversas mensagens controversas que chegavam o tempo todo após o golpe, entre outros detalhes que são mais explorados na versão hollywoodiana que, obviamente, tem mais recursos.
Esta versão é muito mais grandiosa, os cenários são evidentemente mais majestosos.
No mais, os filmes se equiparam em qualidade: atuações, caracterizações e as cenas principais estão lá, fielmente retratadas.

Seja em qualquer uma das versões, é importante que todos conheçam essa história, a história da verdadeira Alemanha formada por homens e mulheres de coragem e caráter, que não queriam ver o mundo destruído por um psicopata e nem a honra de seu país manchada para sempre na História da Humanidade!
E vale lembrar que está foi apenas a última de 15 tentativas de matar Hitler por oficiais do Alto Comando, a mais próxima de ser bem sucedida.

Um comentário:

Alguém disse...

Eu estou doida pra ver esse filme. Eu amo a segunda guerra, só que ainda não surgiu a oportunidade de ir ao cinema =/

Cris, tem um selo pra você lá no meu blog!!!
=)

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